sábado, 27 de abril de 2013

Uma San Francisco Agridoce


Coisa que muito me diverte nas viagens é tentar entender os diferentes idiomas, dialetos e expressões. Naqueles países em que a língua é algo completamente exótico para mim, como o turco, descobrir como se pronuncia determinada palavra ou fonema é passatempo frequente. Em outros casos, como no catalão ou no papiamentu, tento compreender o idioma a partir da minha experiência de outros idiomas, já que aparentemente são próximos. E naqueles que domino me interessa observar os diferentes sotaques, expressões, gírias e nuances que cada povo, cada região adota.

Nesta última categoria está o inglês. Muito me entretém observar os diferentes sotaques nos países onde se fala inglês ou nas diferentes regiões de um país, como no caso dos Estados Unidos. Também gosto de observar os usos que fazem de palavras e expressões que, num primeiro momento, parecem não fazer muito sentido ou trazem um sentido diferente do esperado.

Este é o caso o adjetivo do título desta viagem: agridoce.

Diferentemente de saudade, que nós lusófonos reclamamos ser intraduzível em outros idiomas, o inglês tem palavra para qualificar esta mistura de doce e amargo que nós aplicamos aos alimentos. Em inglês agridoce é bittersweet. Mas como acontece com saudade, que significa mais que sinto sua falta (miss you), bittersweet é mais que agridoce.

Isto talvez explique porque o titulo do romance “Hotel on the Corner of Bitter and Sweet”, de Jamie Ford, tenha sido traduzido para os brasileiros como “Um Hotel na Esquina do Tempo”.

Para o americano, bittersweet é mais que essa contradição entre o acre e o suave que confunde o nosso paladar. A expressão representa também – às vezes mais frequentemente – um sentimento, uma sensação de incompletude ou de realização com frustração. Como se o doce sabor da conquista cobrasse um preço amargo.

Mais ou menos como quando o Fluminense, time que torço (depois do Ceará, é claro!), foi campeão brasileiro com um gol de Fred nos últimos minutos do jogo, praticamente rebaixando o Palmeiras, time dos meus dois filhos. Isto é uma situação bittersweet.

E foi com esta sensação que deixei a cidade de San Francisco. Um sentimento que não consigo traduzir, assim como o nosso português não consegue traduzir bittersweet. Não é que não tenha gostado da cidade, até gostei. Talvez esperasse mais, talvez esperasse diferente. Não sei...
Claro que fizemos os passeios de praxe.

Fomos à Golden Gate e seu parque, almoçamos em um restaurante no Fisherman’s Wharf, fizemos longa caminhada até a estranha Lombard Street, visitamos o imponente prédio da prefeitura, tomamos o cable car até o charmoso Nob Hill e caminhamos pelas ruelas da famosíssima China Town de San Francisco. Ainda assim, fiquei com esta sensação de que esperava mais.

É também em China Town que se passa boa parte do delicioso romance Um Hotel na Esquina do Tempo. Um Romeu e Julieta na segunda guerra, quando chineses e japoneses combatiam lá nos confins do oriente, com reflexos bastante palpáveis nas relações entre os membros da enorme comunidade oriental que desde meados do século XIX vinha para San Francisco inspirada, inicialmente, pela corrida do ouro de 1849 (os famosos forty-niners) e depois pelo sonho do american way of life.

Ademais da beleza singela da paixão entre o jovem Henry, filho de uma tradicional família chinesa, criado para ser um americano, e Keiko, herdeira de nisseis liberais, o romance apresenta uma sociedade americana que, motivada pelo medo da guerra, se torna mais preconceituosa e discriminadora, incapaz de enxergar distinções entre amigos e inimigos, chineses ou japoneses, americanos ou estrangeiros, vivendo uma espécie de “yellow scare”!

Descreve a difícil vida a que de milhares de cidadãos americanos foram submetidos, presos em campos de concentração espalhados pelo interior do país, simplesmente pelo pecado de ser descendente de imigrantes japoneses. Isto independente da idade, do local de nascimento, do “Due Process of Law” ou de há quantas gerações suas famílias haviam aportado em praias americanas.

Mais do que da cidade de San Francisco o romance trata de pessoas, de suas idiossincrasias e de suas paixões. Com facilidade o autor nos coloca na pele deste Romeu oriental e nos faz odiar um pai que o reprime e maltrata sempre se justificando em querer lhe dar o melhor, faz entender as escolhas que as personagens vão fazendo ao longo da estória e nos brinda com um final que, bem melhor que meu exemplo futebolístico, é uma tradução precisa da expressão bittersweet.

Deixei as lembranças do romance e voltei a San Francisco logo que saímos da China Town. O dia estava especialmente bonito, mas por falta de organização não conseguimos agendar a visita a Alcatraz. Ficamos ali, olhando a ilha-presídio e tirando fotos. Ao lado, um casal de americanos conversava com um dos funcionários do restaurante sobre o repentino desaparecimento dos leões marinhos que costumam passar os meses de inverno se espreguiçando sobre uns tablados de madeira que ficam no Pier 39. Nos anos anteriores esses animais chegavam às centenas, com seus estranhos barulhos e seu odor um tanto perturbador. Mas naquele dia conseguimos contar uns dez animais!

Nem os leões marinhos estavam animados em ir para a cidade, pensei!

Por ali ficamos. Caminhando pelo píer, tirando fotos, observando as pessoas que passeavam, corriam ou simplesmente esperavam, como nós, o fim do dia. Jantamos ali por perto e no outro dia estávamos de partida para um passeio a Monterrey.

Este sim inesquecível! A beleza do dia, o Zinfandel Rosé que tomamos e o delicioso almoço de frutos do mar nos proporcionaram um dos melhores momentos de uma viagem para a Califórnia que ainda duraria alguns dias.

Deixei San Francisco com esse gosto na boca. Esse sentimento agridoce difícil de explicar. Ao mesmo tempo em que me diz que esta é uma cidade para onde eu não faço questão de voltar, é um lugar que talvez precise uma nova oportunidade.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Guerreiros do Sol na grota de Angicos


Atire a primeira pedra quem nunca se interessou pela vida no cangaço. Pelas aventuras e desventuras de Lampião, Corisco, Maria Bonita e outros cabras! Ainda mais se for nordestino. Ainda mais se teve oportunidade de ler os milhares de cordéis contando causos sobre o cangaço em situações nobres, inusitadas ou surreais.
Comigo não foi diferente. Entre textos nascidos da rica imaginação dos cordelistas, passando por romances com fundo histórico até estudos de matiz acadêmico, sempre me interessei por essa dimensão tão marcante da história brasileira e da cultura nordestina.

Foi com essa curiosidade pelo cangaço que numa de minhas passagens pelo Aeroporto de Guararapes me deparei com o livro “Guerreiros do Sol, Violência e Banditismo no Nordeste do Brasil” de Frederico Pernambucano de Mello. Comprei-o e me dediquei à sua leitura.
Texto bom e escorreito, o livro de Pernambucano de Mello talvez não agrade a todos os leitores uma vez que é derivado de sua tese de doutorado ou algo similar. Logo, para aqueles que procuram uma leitura mais descompromissada...

Mas me agradou sua análise inovadora (para mim), distinta daquela adotada por Hobsbawm em “Bandidos”. Enquanto o britânico nascido no Egito dá ao banditismo (incluindo nesta categoria o cangaço) uma dimensão de luta de classe, o pernambucano traz uma proposta menos romântica, mas bem fundamentada. Gostei, especialmente, do conceito do escudo ideológico.
Em síntese, o autor propõe que o discurso da vingança pessoal e da justiça social serviu, para boa parte dos grupos de cangaceiros que atuaram na região, como defesa (um escudo ideológico) para suas atitudes de pura violência e banditismo, baseado em argumentos que iam da não realização da vingança quando a oportunidade surgiu até a estética do cangaço como evidência do sucesso pessoal.

Também gostei de aprender que quando o Governo de Pernambuco resolveu reprimir o cangaço, adotou como estratégia investir contra os coiteiros, os coronéis do sertão que davam proteção aos cangaceiros e que faziam a sua interface com a legalidade. Eram eles que ofereciam crédito, compravam armamentos e suprimentos para os cangaceiros, em troca de ganhos e proteções (isso pode servir para os dias de hoje?). Tudo isto e muito mais está em Guerreiros do Sol!
Mas não pretendo defender esta ou aquela tese, este ou aquele autor. Pelo menos não aqui.

Na verdade, essa discussão perdeu importância quando me vi lá, às margens do Rio São Francisco, depois de uma caminhada de uns quinze minutos no meio da caatinga, na famosa grota de Angicos.
Ali, naquele chão pedregoso e desconfortável. Naquele projeto de córrego seco, numa manhã de julho de 1938, Lampião, Maria Bonita e quase tudo o que restava de seu grupo foram surpreendidos pela volante do Tenente João Bezerra da Silva, mal o sol havia nascido. E foram dizimados.

Bandido ou não, escudo ideológico ou não, justiceiro ou simples ladrão, nada disso fazia diferença. Pelo menos não para mim. Pelo menos não ali!
Herói bandido ou bandido herói, naquele lugar fora morto um homem que fez história, que transformou a história do Brasil e dos sertões nordestinos. E isto bastou para me emocionar.

Aquele momento foi o ponto alto de um passeio no lugar do Brasil em que o rio da integração nacional irmana a Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.
Mais cedo tinha me maravilhado com um passeio de barco pelo seu cânion, contraste maravilhoso das águas de um verde escuro, com paredes de pedras aqui pretas, ali âmbar, mais adiante nos ofuscando com a intensidade com que refletem a luz do sol. Tudo sob um céu de um azul intenso e em ótima companhia.

Depois do cruzeiro no cânion, a parada seguinte era Piranhas nas Alagoas. Só que no meio do caminho tinha Pedra, ou melhor, Delmiro Gouveia. E só de saber, e ver, que naquela cidade o empreendedor cearense residiu, inaugurou a segunda hidrelétrica do Brasil, fundou a Companhia Agro Fabril Mercantil e, provavelmente pelo seu empreendedorismo, foi assassinado, já justificava a vinda desde Paulo Afonso.
Uma vez em Piranhas, bela cidadezinha encarapitada nas barrancas do São Francisco, tomamos o barco para o outro lado do rio, em Sergipe, para a visita à grota e para o encontro com a história do nordeste brasileiro.

Antes de cair a tarde já estávamos de volta ao barco, nos admirando com a beleza singela do casario colorido da mesma Piranhas para onde retornávamos, fazendo igual trajeto mais de 60 anos depois. De lá saiu a volante do Tenente João Bezerra e para lá retornaram as cabeças de Lampião, Maria Bonita e dos demais membros do grupo que tombaram no combate para ficarem expostas em praça pública.
Um livro e uma viagem ao interior da história e do Brasil, ao sabor das águas quase sempre mansas do Velho Chico.

(neste não sei a quem creditar a foto, peguei na internet já que não tinha uma que mostrasse tão fidedignamente minha lembrança de Piranhas)

domingo, 21 de abril de 2013

Dan Brown e outros demônios


Ok, eu confesso.
Li todos – ou quase todos – os livros de Dan Brown!
Claro que o primeiro foi o Código Da Vinci. Mas depois os títulos se sucederam: Fortaleza Digital, Anjos e Demônios, Ponto de Impacto, etc... Sem qualquer ordem ou lógica. Literatura fácil, de avião. Uns melhores que outros. Entretenimento pueril e agradável passatempo.

Os leitores mais sofisticados podem torcer seus narizes, mas esses romances sempre me agradaram pela sua dinâmica globe-trotter. Dorme em Washington, acorda em Paris e logo em seguida está na Suíça, em Roma ou qualquer outro lugar interessante do mundo.
É um efeito similar ao que os filmes do 007 me causam: vontade de viajar.

Mas dos muitos lugares visitados pelas personagens de Dan Brown um voltou à minha lembrança mais recentemente.

No livro Anjos e Demônios, que se passa majoritariamente em Roma, o autor se refere a uma ligação secreta (ou pelo menos achei que era uma passagem secreta quando li o livro) existente entre a Cidade do Vaticano e o Castel Sant´Ângelo.
Depois, quando no Vaticano, descobri que a tal passagem não é nada secreta.  É uma construção, que me lembrou um aqueduto, ligando a Basílica de São Pedro ao castelo.

Saindo da Praça São Pedro pela Via della Conciliazone na direção do Rio Tevere a construção fica à esquerda e nos acompanha por todo o trajeto escondida pelos prédios. Ela só fica completamente visível quando se chega à praça por onde se entra no castelo.
No livro de Dan Brown a passagem serve de trajetória para mais uma daquelas fugas espetaculares deste tipo de livro e é de lá que ele observa a explosão do carro que ele usaria.
Esta passagem do livro me veio à lembrança quando estava assistindo a um programa sobre a Guarda Suíça e fiquei sabendo que o dia 6 de maio é quando este pequeno exército pessoal dos papas promove o ingresso de seus novos membros.

Nesta data, no ano de 1527, os cerca de 150 membros da Guarda se bateram contra quase 1.000 soldados das tropas invasoras dos exércitos de Carlos V de Habsburgo. No combate morreram 108 guardas papais, mas sua resistência permitiu que o Papa Clemente VII, com apoio dos demais soldados, escapasse para o Sant´Ângelo usando a tal passagem e assim se safasse.
Com seus uniformes coloridos do século XV a Guarda Suiça parece um anacronismo nas modernas avenidas e prédios que circundam a praça São Pedro no Vaticano, para onde milhares de pessoas afluem todo domingo para verem o Papa em sua aparição na janela, já que ir a Roma e não ver o Papa é falha de enorme gravidade para os turistas de plantão.
Já o Castelo é uma atração que vale a pena visitar. Não apenas por ser o local construído para o sepultamento do Imperador Adriano, por ter sido a fortaleza de defesa de muitos papas ou pelas peças que compõem o museu que hoje abriga.

Como em Roma nenhuma construção pode ser mais alta que a cúpula da Basílica e pela posição defensiva da fortaleza, a vista que se tem da cidade a partir do café do museu vale a entrada e o esforço de subir a rampa em caracol que nos leva até a parte superior das muralhas.
Principalmente se for ao entardecer!

Aí sim, o Tévere explode em cores e contrates que, somados aos prédios baixos e às luzes da cidade que começam a se acender, transformam qualquer Frascatti numa Veuve Cliquot.
Depois, atravesse a ponte e se perca no labirinto de pequenas ruas e praças da cidade das sete colinas. Sem precisar planejamento ou sem mapa você vai encontrar um restaurante pequeno, discreto e delicioso. 
Num desses dias de domingo, voltando de uma frustrada visita ao Museu do Vaticano, passamos pelo Castelo, fizemos a travessia do Tevere, encontramos um.
A casa estava lotada e não tínhamos feito reserva, mas o proprietário, que havia morado em São Paulo e Brasília por vários anos, foi atencioso o suficiente para nos conseguir uma mesinha do lado de fora. O dia estava esplendoroso, a comida uma delícia e o vinho à altura para apreciarmos o vai e vem das pessoas.
Muitas vezes, em lugar da pressa e agitação das personagens dos romances de Dan Brown, a calma e a tranquilidade de uma bucólica e piccola piazza dão todo sentido às nossas viagens.
 


sábado, 20 de abril de 2013

Cemitério de Praga. Onde????


Voltei a ler Umberto Eco recentemente.
Depois da paixão que nasceu, arrebatadora, da leitura d’O Pêndulo de Foucault e d’O Nome da Rosa – cujo filme é igualmente ótimo – achei que era para sempre.

Mas veio Baudolino e foi uma desilusão amorosa. Quase não consigo terminar o dito livro. Jurei nunca mais! Como se faz com as paixões que nos decepcionam.

Mas o mal dessas paixões é que passada a dor e a desilusão fica aquela coisa... Meio que querendo perdoar e com medo de tentar novamente. - Quem sabe na próxima dá certo?!!

Aí aconteceu.

Estava no aeroporto de Lisboa, estação de baldeação para todos os fortalezenses que querem se aventurar na Europa. Voltava de uma incursão pelo Império Austro-Húngaro. Duas semanas percorrendo a República Tcheca, a Eslováquia (Bratislava é lindinha), Budapest (maravilhosa) e Viena (histórica), com última parada na favorita Praga.

Chegamos na Semana Santa à capital tcheca. Os dias não podiam ser mais perfeitos. Longos, ensolarados e com uma temperatura nunca abaixo dos 10 graus e nunca acima dos 23. Tirando o enxame de gente atravessando a Ponte Carlos para lá e para cá, perfeito.

Visitamos a cidade velha (Staré Mesto), a Mala Strana e a cidade nova (Nové Mesto). O castelo, as igrejas, o Menino Jesus, o relógio astronômico (Orloj), o museu e tudo o mais. O cemitério judeu, claro, era uma das visitas programadas. Mas tinha sido um dia de intensas caminhadas e descobertas e, como fazia minha avó Ilay, demos por visto.

Chegamos até a entrada do cemitério. Demos uma espiada e achamos muito interessante as inúmeras lápides que se amontoam em um espaço que aqui no nosso Brasil de terras vastas, não seria valorizado. Mas a fila na entrada não estava muito engraçada e preferimos continuar caminhando pelas lindas ruas do bairro judeu, parar numa de suas praças, sentar e ficar olhando as pessoas que passavam.

Estava ainda sob os efeitos desta maravilhosa estada em Praga quando, ao entrar na livraria do aeroporto me deparo com ele.
Uma capa escura com jogo de sombras, um título que remetia à cidade que acabara de estar e aquela esperançazinha de que, quem sabe, a paixão podia voltar.

Ao contrário do que esperava a estória é quase toda ambientada em Paris e o cemitério de Praga é uma figura, uma referência, uma recorrência para, de certa maneira, dar verossimilhança a uma estória misteriosa que acaba por nos envolver com a personagem esquizofrênica, glutona e obscura que protagoniza o romance de Eco.

Com referências à Itália, de onde o protagonista é oriundo, de suas incursões na Sicília e de sua vida nos subúrbios de uma Paris no século XIX o livro de Umberto Eco também permite suas viagens. Algumas até bem saborosas, mas nada como Praga.
Não há a sensação de observar a cidade fervilhando desde as encostas do castelo com suas vinícolas em patamares ou como um elegante jantar às margens do Vltava assistindo aos turistas de todas as idades a tirar fotos na Ponte Carlos ou ainda as incursões no universo dessa estranha personagem que é Franz Kafka.

Mas o livro é gostoso de ler.

Como acontece com as paixões antigas que tentamos reavivar, dificilmente voltam com a mesma intensidade, mas ainda assim continuam tendo seu sabor.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Convite para viajar...


Ler e viver, um convite para viajar com livros....

Era para se chamar ler e ver ou ler e viajar.
Mas depois achei melhor expandir o conceito de viajar. Viver como uma viagem, assim ficou Ler & Viver.
Esta era e ainda é a idéia central deste blog: juntar dois dos maiores prazeres da vida, a leitura e as viagens.
Não há uma regra geral para a sua organização ou para o formato dos textos que vou jogando para os que tiverem a paciência e o interesse de acompanhar-me nessas viagens telúrico-literárias, já que a idéia é essa mesma, juntar as terras ao livros; os povos às imagens; as sensações aos sentimentos.
Não deixa de ser uma resposta à Emília e alguns amigos que me desafiavam a fazer diários de viagens ou algo similar.
Não que não gostasse da idéia, pelo contrário.
Mas já são tantos e tão bons os relatos de viagens que pululam na www nos mais variados estilos e idiomas que achei melhor ir por outro caminho.
Assim pretendo misturar livros que li, viagens que fiz e sentimentos que me proporcionaram de forma caótica e aleatória.
Também não me imponho uma obrigação. Não prometo datas, não me submeto a prazos nem a outros compromissos que não o prazer de escrever sobre livros e viagens que, em última instância, são eu mesmo.
Aos que se interessarem, estamos começando.
All a board!!!!