Ok, eu confesso.
Li todos – ou quase todos – os livros de Dan Brown!
Claro que o primeiro foi o Código Da Vinci. Mas depois
os títulos se sucederam: Fortaleza Digital, Anjos e Demônios, Ponto de Impacto,
etc... Sem qualquer ordem ou lógica. Literatura fácil, de avião. Uns melhores que outros. Entretenimento
pueril e agradável passatempo.
Os leitores mais sofisticados podem torcer seus narizes,
mas esses romances sempre me agradaram pela sua dinâmica globe-trotter. Dorme
em Washington, acorda em Paris e logo em seguida está na Suíça, em Roma ou
qualquer outro lugar interessante do mundo.
É um efeito similar ao que os filmes do 007 me causam:
vontade de viajar.Mas dos muitos lugares visitados pelas personagens de Dan Brown um voltou à minha lembrança mais recentemente.
No livro Anjos e Demônios, que se passa
majoritariamente em Roma, o autor se refere a uma ligação secreta (ou pelo
menos achei que era uma passagem secreta quando li o livro) existente entre a Cidade
do Vaticano e o Castel Sant´Ângelo.
Depois, quando no Vaticano, descobri que a tal passagem não é
nada secreta. É uma construção, que me
lembrou um aqueduto, ligando a Basílica de São Pedro ao castelo.
Saindo da Praça São Pedro pela Via della Conciliazone
na direção do Rio Tevere a construção fica à esquerda e nos acompanha por todo
o trajeto escondida pelos prédios. Ela só fica completamente visível quando se
chega à praça por onde se entra no castelo.
No livro de Dan Brown a passagem serve de trajetória para mais uma daquelas fugas espetaculares deste tipo de livro e é de lá que ele observa a explosão do carro que ele usaria.
Esta passagem do livro me veio à lembrança quando
estava assistindo a um programa sobre a Guarda Suíça e fiquei sabendo que o dia
6 de maio é quando este pequeno exército pessoal dos papas promove o ingresso
de seus novos membros.
Nesta data, no ano de 1527, os cerca de 150 membros da Guarda se bateram contra quase 1.000 soldados das tropas invasoras dos exércitos de Carlos V de Habsburgo. No combate morreram 108 guardas papais, mas sua resistência permitiu que o Papa Clemente VII, com apoio dos demais soldados, escapasse para o Sant´Ângelo usando a tal passagem e assim se safasse.
Nesta data, no ano de 1527, os cerca de 150 membros da Guarda se bateram contra quase 1.000 soldados das tropas invasoras dos exércitos de Carlos V de Habsburgo. No combate morreram 108 guardas papais, mas sua resistência permitiu que o Papa Clemente VII, com apoio dos demais soldados, escapasse para o Sant´Ângelo usando a tal passagem e assim se safasse.
Com seus uniformes coloridos do século XV a Guarda Suiça parece um anacronismo nas modernas avenidas e prédios que circundam a praça São Pedro no Vaticano, para onde milhares de pessoas afluem todo domingo para verem o Papa em sua aparição na janela, já que ir a Roma e não ver o Papa é falha de enorme gravidade para os turistas de plantão.
Como em Roma nenhuma construção pode ser mais alta que
a cúpula da Basílica e pela posição defensiva da fortaleza, a vista que se tem
da cidade a partir do café do museu vale a entrada e o esforço de subir a rampa
em caracol que nos leva até a parte superior das muralhas.
Principalmente se for ao entardecer!
Aí sim, o Tévere explode em cores e contrates que,
somados aos prédios baixos e às luzes da cidade que começam a se acender,
transformam qualquer Frascatti numa Veuve Cliquot.
Mais uma vez, excelente seu texto, meu irmão. Você é fera! Estou adorando! Que venham mais domingos de ócio!!!!
ResponderExcluirbom texto! instigante e inquieto escritor você se revelou. os bons jamais se rendem às inquietações da mente.
ResponderExcluirsucesso na empreitada!!!
Obrigado Lilia e Ana Luzia...
ResponderExcluirCom este estímulo vou ver se antes do fim de semana consigo escrever mais um...